[O Fuxico] Roqueiro Nasi defende os garotos do Restart

“O que tinha de bom no Ira! sobrevive comigo”, diz vocalista

Sem papas na língua, como é de seu feitio, o roqueiro Nasi conversou com O Fuxico sobre o momento que vive em sua carreira. O cantor, que está lançando seu primeiro DVD com o título Nasi Vivo na Cena, não se intimidou em falar sobre o Ira! e afirmou que é o único da banda que ainda mantém o legado criado nos anos 80.

“O que tinha de bom no Irá! sobrevive comigo. Enquanto um está fazendo rockabilly, um está fazendo música eletrônica, eu estou fazendo a mesma coisa que eu fazia naquela época”.

Questionado se sente falta da convivência com os companheiros do Ita!, ele não escondeu seu descontentamento com o grupo, que teve um fim bem conturbado em 2007.

“Não tenho saudade nenhuma dos últimos dez, quinze anos com a banda. Foi uma época completamente insatisfatória pra mim.”

Sobre o momento atual da música brasileira, Nasi afirma que a internet é um porta importante e que o país passa por um momento insosso.

“Os músicos em geral tem a internet para se expor sem depender das gravadoras. Hoje a gente vive um momento insosso é por isso que o que reina é esse sertanejo horroroso e insosso.”

Sobre o atual momento do rock brasileiro, o roqueiro seguiu na contramão de muitos outros e surpreendeu elogiando os meninos do Restart.

“Agora virou meio que esporte nacional bater nesses caras, mas eu não vou entrar. Sempre existiu gente que faz música para adolescentes. Acho que o que eles fazem, fazem bem. Não é o que eu ouço, mas daqui a pouco até os caras do sertanejo vão querer bater neles.”

O Ira! foi formado em 1981, em São Paulo e permaneceu na ativa até setembro de 2007. Nasi segue em carreira solo e lançou recentemente o projeto Vivo na Cena (CD/LP e DVD).